Durante uma apresentação na faculdade ou antes de uma reunião de trabalho importante: esses são exemplos clássicos de quando é normal ter ansiedade. O sentimento é intrínseco ao ser humano e mostra situações de perigo (mesmo quando não ameaça a vida) e em que precisamos estar alertas.
No entanto, algumas pessoas sentem angústia a todo momento, mesmo quando não há nada preocupante previsto para acontecer. É aquele pensamento pessimista constante e o medo de que algo ruim esteja prestes a ocorrer. É assim que é a ansiedade patológica.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os brasileiros conhecem bastante esse problema. Somos considerados o “país mais ansioso do mundo”, com 9,3% da população sofrendo com esse transtorno.
Você acredita que também faz parte do grupo? Confira este material que preparei para explicar mais sobre o assunto.
Os sintomas da ansiedade
Medo, angústia, pensamentos catastróficos, inquietação, pessimismo e dificuldade de concentração: esses são os principais sintomas mentais da ansiedade patológica. Porém, a condição também gera sinais físicos. São eles:
- tremores;
- suor excessivo;
- náuseas;
- tonturas;
- falta de ar;
- boca seca;
- formigamentos;
- dores no peito;
- batimentos cardíacos acelerados;
- sensação de desmaio;
- dores de cabeça.
Você sente esses incômodos com frequência? Então, ligue o sinal de alerta e comece a procurar ajuda de profissionais da saúde mental, como médicos psiquiatras e psicólogos.
Os tipos de transtornos de ansiedade
Não existe apenas uma forma patológica de ansiedade, mas várias, que guiam os especialistas no diagnóstico. Veja quais são elas:
- Transtorno de ansiedade generalizada: é a situação em que a pessoa sente uma preocupação constante, até mesmo relacionada a tarefas do cotidiano, as quais ela já está acostumada;
- Fobia social: o medo paralisante do contato com outras pessoas e de estar em público, mesmo nas ocasiões em que não precisa se expor muito;
- Pânico: sem motivo aparente, o paciente tem crises de ansiedade extrema, em que acredita que irá perder o controle e/ou morrer;
- Fobias específicas: grandes medos a respeito de objetos, animais ou lugares. Por exemplo, aranhas, agulhas, palhaços e locais altos. Há a evitação até de fotos que mostram essas situações;
- Agorafobia: trata-se do medo intenso de locais muito cheios e fechados, que causam a sensação de estar preso. A pessoa tem o receio de perder o controle e passar por constrangimentos. Geralmente, a agorafobia está relacionada com crises de pânico;
- Transtorno obsessivo compulsivo (TOC): como o próprio nome diz, são pensamentos obsessivos que estimulam o paciente a realizar ações de forma repetida. Caso não faça isso, aparece o medo de que algo ruim aconteça;
- Transtorno do estresse pós-traumático (TEPT): após uma situação traumática, a pessoa se sente ameaçada por um longo período de tempo, mesmo sem nenhum perigo iminente. Estão presentes os sintomas de pânico e a ansiedade constante.
Tratamentos para os transtornos de ansiedade
Sempre falo para meus pacientes que não é preciso se acostumar com a ansiedade patológica, pois ela não é normal e apenas prejudica a qualidade de vida!
O essencial é buscar ajuda. Primeiro, o tratamento pode ter início apenas a psicoterapia, mas se esse acompanhamento não for suficiente, podemos começar o uso de medicamentos ansiolíticos, ou seja, que acalmam os sintomas do problema.
Portanto, caso você esteja sofrendo com a ansiedade, não deixe para depois e procure auxílio profissional.
Estou à disposição! Entre em contato e vamos conversar.