“Hiperatividade” é uma palavra muito atribuída para crianças agitadas. Porém, não podemos usar o termo de forma tão banal, pois ele está associado a uma condição neurobiológica mais séria: o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
Trata-se de um distúrbio crônico e de causas genéticas, que possui como principais características a desatenção, inquietação e a impulsividade. Também é comum observar a dificuldade de concentração, o que pode parecer desinteresse por algumas atividades.
No entanto, mesmo com todos esses indícios, algumas pessoas ainda acreditam que TDAH não existe! Isso está totalmente errado e eu preparei este material para explicar mais sobre esse transtorno. Confira.
A causa do TDAH
O TDAH tem fator genético por trás da maior predisposição em possuir essa condição. A Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) mostrou, por exemplo, que as chances de crianças terem hiperatividade são de 2 a 10 vezes maiores quando possuem parentes na mesma situação.
No grupo desses pequenos que são afetados, estima-se que cerca de 60% deles entrarão na vida adulta com os sintomas do TDAH. Afinal, estamos falando de um transtorno sem cura definitiva. Todavia, não há empecilhos para uma boa qualidade de vida.
Os sintomas
Além dos sinais que listei, os sintomas do TDAH se estendem por vários outros. Veja quais são eles:
- agitação;
- impulsividade;
- falta de concentração;
- irritabilidade;
- ansiedade;
- sensação de não escutar o que a outra pessoa fala;
- crianças que não conseguem brincar calmamente;
- baixo rendimento escolar;
- falar muito.
Nos adultos, podemos perceber o transtorno em algumas situações, como nas pessoas que não conseguem terminar uma atividade antes de começar outra; em quem sempre está perdendo os objetos; não conseguir ser pontual; e viver em uma constante situação de desorganização, por exemplo.
Um fato interessante é que, nos pacientes com TDAH, exames de imagem percebem alterações na região frontal do cérebro. Essa área é, justamente, a responsável pela atenção, memória, autocontrole e organização.
Como é feito o diagnóstico?
Muitas pessoas têm dúvida sobre a forma de obter o diagnóstico do TDAH. Portanto, saiba que ele é exclusivamente clínico, ou seja, não é necessário nenhum teste laboratorial ou outra conduta para identificar.
Por isso, o médico, que pode ser psiquiatra, neurologista ou pediatra, irá fazer uma longa entrevista com o paciente ou seus familiares. O objetivo é colher os relatos sobre os sintomas e atitudes diárias que podem indicar a presença do transtorno.
Assim, é possível verificar se existem características suficientes para atestar a presença da condição.
O tratamento do TDAH
Como falei anteriormente, o TDAH não possui uma cura, até mesmo porque não é uma doença.
Todavia, podemos controlar os sintomas que atrapalham o dia a dia, como melhorar a concentração e, consequentemente, o desempenho escolar.
O tratamento envolve o uso de determinadas medicações, psicoterapia e outros acompanhamentos que o paciente possa precisar, como de terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. Assim, é possível promover bem-estar, qualidade de vida e boa inserção na sociedade.
Você quer saber mais sobre TDAH e/ou precisa de ajuda a respeito desse tema? Entre em contato e vamos conversar.